sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pintando saudade


Saudade de todas as cores
Como elas eram
e como tinham sentimento
Costumava o cinza não ter vez
na minha palheta
Saudade do laranja com verde
de todas as manhãs
Saudade do degradê azul rosado
dos fins de tarde
E mais ainda do azul vivo da tarde inteira
Saudade do cheiro que aquela pintura tinha
Saudade das vozes
que ainda ecoam em meus ouvidos
Saudade de cada traço
Cada ponto pincelado
Cada detalhe daquele quadro
me recorda o melhor de mim
Até mesmo quando lembro
que aquele já não existe
Ai que saudade dos pinceis
que me coloriam a vida
que me ensinavam misturas
me guiavam as mãos
e que entre meus dedos desenhavam utopias
de um colorido que tão lindo seria
mais lindo que qualquer colorido
que já tenha visto um dia

Autoria: Érika Moura

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